Todos nós, de certa forma, já ouvimos alguma vez a expressão: “Todos somos médiuns”. Então, a partir dessa afirmação, nos vem à mente, a imagem de uma pessoa incorporando um espírito, ou vestida de branco, ou psicografando, dando consulta, passes, etc, etc.
Na verdade, quando nos aproximamos de um Templo/Tenda/Terreiro de Umbanda, temos que considerar algumas coisas a esse respeito:
Ser médium significa ser mediador; ponte, meio, intermediário, entre uma realidade e outra realidade qualquer. Sendo um exemplo bem atual, a palavra mídia (que possui a mesma origem da palavra médium, mediar...); ou seja: a mídia é o meio (seja ele radiofonizado, televisionado, impresso ou internetizado); utilizado para passar uma mensagem que partindo de uma determinada realidade informadora, busca atingir outra realidade a ser informada.
No nosso caso específico como seres humanos, afinizados com a Umbanda (ou não), a realidade do plano espiritual age e interage com o meio humano, por nosso intermédio, ou mais especificamente pela vibração, freqüência e intensidade dos nossos pensamentos ou nosso campo mental.
Por isso, é necessário que recordemos sempre o que o Supremo Mestre ensinou, quando disse: “Orai e Vigiai!”. Isto é: se a prece nos coloca em sintonia com o mundo/realidade espiritual..., é o nosso vigiar/filtrar a usinagem dos nossos pensamentos, que fará a fundamental diferença...
Mas como não somos médiuns só no Templo/Tenda/Terreiro e sim o tempo todo (pela nossa própria natureza de seres espirituais que somos), é necessário que encaremos/enfoquemos esse trabalho constante, com alguns ingredientes básicos, para melhor proveito de nossas vivencias diárias e de nossa freqüência à Casa de Espiritualidade.
Existem então, requisitos mínimos para que possamos elevar-nos em termos de freqüência vibratória interna e melhor afinizar-nos com o Plano Superior:
Boa Vontade: sem a qual, não haveria a nossa presença necessária ao local da atividade espiritual;
Disponibilidade Interior: fator imprescindível ao saudável intercâmbio mediúnico;
Discernimento: que nos permite distinguir o joio do trigo;
Humildade: que nos permite reconhecer os erros e nos possibilita refazer os caminhos;
Simplicidade: que nos coloca em posição segura para o auxílio;
Conhecimento: que nos liberta da ignorância (não escolar/intelectual), mas conhecimento da Realidade Espiritual Maior, capaz de oferecer-nos os adequados instrumentos de ajuda;
Caridade: para compreender a realidade e necessidade de nossos irmãos (encarnados ou não); daqueles que necessitam de nossa intervenção sem perda de tempo, na tarefa maravilhosa da Seara do senhor, levando em consideração a pequenez do nosso entendimento, diante da vontade do Pai, o Supremo Criador de Tudo e Todos nós.
Tenhamos certeza de que considerando estes fatores, seremos médiuns, bons médiuns, médiuns conscientes e trabalhadores conscientes na Seara do Mestre, para um mundo melhor. Que assim seja.
Por Luis C. Arbelo Viera
Extraído e adaptado das páginas 17 e 18 do livro “Mediunidade Com Jesus”, Editora E.C. Fonte Viva
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