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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Orixá Quem És?


“Eu sou, fui e serei as Forças da Natureza”. Antes mesmo da tua existência eu já o era.

Sou o fluído magnético dos astros, e sem mim não haveria vida. A minha manifestação não se prende ao capricho dos seres, posto que sou universal; Sustento os astros que me criaram o mundo que habitais e tudo que nele existe. Estou presente no ar que respiras, no gesto que fazes, no pensamento que emites e em toda natureza que te circunda. Quando eu me expresso através do médium, é para que saibas que eu existo, embora não me possas ver, nem tocar.

Entretanto aquele que respeitar minhas Leis, que estão gravadas em cada qual. Eu permitirei que me conheças em toda minha plenitude;

Os orixás estão presentes desde criação do mundo, e todos podem atestar, pois está presente na história do mundo nas mitologias como grega, nórdica e muitas outras, não só na africana, a natureza sempre teve vários nomes e guardiões.

Fonte: http://www.tecafumbanda.com/

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Toques do Preto Velho



O rótulo religioso não passa de uma experiência transitória em determinada época do curso ascensional do espírito eterno. - Ramatis

Os espíritos trabalhadores da linha de Umbanda, designados de pretos velhos, nos repassam constantemente uma lógica que, infelizmente, nós, encarnados, ainda estamos demorando para aplicar.  Dizem eles, com sua maneira peculiar e simples de expressão, que, no mundo dos mortos, não existe raça, cor ou credo que diferencie as almas ou crie fronteiras. O que existe é o homem de bem e o homem que desaprendeu de ser bom.

Baseados nisso, falam-nos das lágrimas que insistem em cair de seus olhos, pela arrogância dos homens e de suas religiões que acabam se distanciando de Deus, pela pretensão de se se tornarem donos dEle, impondo a sua verdade. 
As religiões ou credos, em geral, ainda existem por necessidade de nossos espíritos que se diferenciam na escala evolutiva, encontrando dentro de cada uma delas a melhor adaptação de religar-se ao Criador. O que fica desvalorizado aos olhos da Espiritualidade Superior é o combate que se trava entre os homens por questões religiosas, como se vivêssemos em eterna disputa, chegando ao absurdo das ditas guerras santas.
Por enquanto a humanidade percorre vários caminhos em busca dessa verdade, mas chegará o dia em que o Universalismo será pleno, então haverá um só rebanho para um só pastor. E, como acontece no andar de cima, formaremos uma única corrente de trabalho, auxiliando a quem necessita, mostrando que a mediunidade é ferramenta com um só objetivo: a caridade! Fora disso, tudo o mais fica por conta de nosso Ego.

Abaixo vão alguns ensinamentos trazidos por um destes queridos amigos espirituais:

"Lá nos planos sutis, para onde vocês muitas vezes vão quando dormem, mas ao acordarem não se lembram, existe uma grande família espiritual a lhes esperar, velar e torcer por vocês. Quebrem a barreira vibracional com sentimentos e pensamentos elevados, levando seus corações até eles. Matem a saudade espiritual que existe dentro do seu peito. Deixem a intuição fluir. Os guias espirituais não são mestres intocáveis que vocês devem reverenciar, mas, sim, são amigos de jornadas. Conheçan-nos, conversem com eles, trabalhem juntos, mas sorriam e brinquem juntos também. Eles estão esperando por vocês.

"Mediunidade é coisa importante e séria, mas não diviniza nem inferioriza ninguém. Vocês sabem disso. Tem gente que pensa que ser grande médium é praticar fenômenos para incrédulo ver. Outros pensam que é se vestir todo com uma fantasia, virar os olhos e rebolar bastante. Não! Mediunidade é você trabalhar em parceria com os amigos do lado de cá, para o bem de todos, apenas isso. Vocês complicam muito as coisas. Na verdade, tudo é muito simples. Pense na manifestação das criancinhas durante um processo mediúnico. Existe algo mais simples e belo do que isso?

"Parem de julgar a manifestação mediúnica ou a experiência do outro. Vocês podem até não concordar, mas, caso para ele faça sentido, deixem. É dele! Isso lembra muito a postura daquele que não consegue fazer melhor e, por isso mesmo, vive a criticar e apontar o defeito dos outros. As experiências espirituais muitas vezes são de foro íntimo, cada um busca a sua. E cada um fique feliz com a sua! Aprendam também que a dedicação e o estudo ajudam muito. Mas, o que realmente conta, é o seu dia a dia, como pessoas comuns, passando pelo crivo do grande mestre que é a vida. Não adianta nada estudar muito e praticar pouco, principalmente em relação à humildade, tolerância e amor.

"Fazer caridade é muito bom. Se, além disso, buscam esclarecer as pessoas, melhor ainda. Tem gente que acha que doando uma cesta básica de Natal, ao desencarnar será salvo. Outros ainda se acham muito especiais e caridosos, verdadeiros missionários. Não caiam nessa bobagem. Saibam que, em verdade, ao auxiliar os outros vocês ajudam a si próprios. E, quando fizerem a caridade, também não apenas dêem o peixe, mas ensinem as pessoas a pescarem. A caridade da consolação ergue a pessoa, mas, depois que ela já está de pé, está na hora de ensiná-la a andar, com a caridade do esclarecimento. Pensem nisso! Caridade: façam sempre que surgir a oportunidade de auxiliar o irmão. Esclarecimento: levem a todos os lugares, fazendo a sua aura brilhar e contagiando as pessoas com alegria e vontade de viver.

"Trabalho em grupo é coisa séria. Deve haver amizade, alegria, mas não é reunião social. Os guias escutam os seus pensamentos e não estão nada interessados em suas preferências físicas, nem em suas paqueras dentro do grupo. Tão pouco são cúmplices das fofocas, guerras de vaidade e ciúmes que existem dentro do mesmo. Um trabalho espiritual em grupo é uma bênção e oportunidade única de evolução, tanto de encarnados como desencarnados. Aproveitem bem! Existe um montão de mestres esperando por vocês desse lado, mas, muitas vezes, eles não conseguem lhes amparar, pois vocês não param de pensar no vizinho, ou em como a vida é difícil e injusta.…

"Os Orixás, os Mestres, os Anjos, os Devas, todos Eles amam a humanidade. Caso queiram fazer um ritual a algum Deles ótimo. Mas lembrem-se sempre: vela acesa só tem valor se o coração estiver aceso antes. Caso contrário, não!

"A energia de uma erva é poderosa e realmente cura, mas, antes, suas próprias energias e o respeito com a vida vegetal devem ser grandes. Caso contrário, é desperdiçio de tempo. Qualquer ritual de magia para o bem é lindo e bem quisto pela espiritualidade, mas não se percam em meio a muitos rituais e elementos, esquecendo o essencial. O grande mestre da magia é o coração, e a grande força motriz é a sua mente. Lembrem-se disso.

"Não sejam espiritualistas pela metade. Durante o dia, vocês ficam pensando em espiritualidade, mas, ao dormir, que é a grande hora onde o espírito se liberta do corpo físico, vocês não pensam em nada, ficam com preguiça e logo suas mentes são invadidas por um monte de coisas, adormecendo na mais perfeita desordem. No mínimo, orem ao deitar. Agradeçam ao dia, coloquem-se à disposição do aprendizado, aproveitem as horas de sono. Elas são chaves de acesso ao crescimento espiritual. Meditem nisso.

"Eu sou um preto velho. Pouco importa minha forma ou meu nome. O que importa é que eu sou luz, como vocês e todos nós, filhos da Grande Luz. O sol de Oxalá* brilha em meu coração, no seu e no de toda humanidade. Vocês ainda têm preconceito em relação a raças? A culturas diferentes? Religião? E julgam-se espiritualistas? Ora, amigos, deixem disso! Lembrem-se: todos viemos da mesma fôrma. A fôrma de Oxalá. Eu tenho apenas uma palavra para descrever o preconceito: ignorância!

"Ignorância também são as paredes e preconceitos religiosos. Todos os mestres da humanidade pregaram o desprendimento, mas o que os seus seguidores mais fazem é ter o sentimento de posse em relação a Eles. E lá se vão guerras, ofensas e desarmonia entre uma religião e outra. E lá se vão discussões infindáveis entre doutrinas diferentes. Todos os caminhos levam a Deus, mas muitos acham que seu caminho é melhor do que o dos outros, não é mesmo? Façam um favor à humanidade, meus filhos: vão voando nas asas do universalismo ecumênico! E parem com essas bobagens…

"Do lado de cá nós adoramos música. Ela rejuvenesce a alma, acorda o coração e desperta a intuição. Aproveitem as músicas de qualidade. Elas são ótimas e verdadeiro brilho e alimento para nossos espíritos. Também escutem a música que os espíritos superiores cantam secretamente dentro do coração de cada um. É a música da Criação, ela está em todos, mas só pode ser escutada quando a mente silencia e o coração brilha. Pensem nisso!

"Pensem também na natureza. Coloquem uma música suave. Direcionem-se mentalmente a um desses sítios sagrados, verdadeiros altares vivos do amor de Olorum. Pensem na força curativa das matas, na força amorosa e pacificadora das cachoeiras, na limpeza energética que o mar traz ao espírito. Meditem neles. Isso traz sintonia, reciclagem energética e boa disposição. Façam isso por vocês e fiquem bem!

"Por fim, dediquem-se mais ao autoconhecimento. Ele é muito importante. E um dia, mesmo que isso demore milênios, vocês se conhecerão tanto que realmente descobrirão sua natureza divina. Nesse dia, as cortinas da ilusão se abrirão e vocês verõ o universo à sua frente. Não existirá mais Orun* (céu) nem Ayê* (mundo material). Nem eu nem você. Apenas Ele, Pai e Mãe Olorum, dentro de nós mesmos!

Um Grande abraço
Pai Antônio de Aruanda (espírito) e Fernando Sepe (médium) - escrito por duas mentes em um só coração -

terça-feira, 28 de agosto de 2012



          Fé não é uma questão de conveniência. Fé não é uma muleta milagrosa. Fé não é satisfação de caprichos, mas “um meio de demonstrar as realidades que não se vêem”.
          A fé a qual se referia Jesus Cristo é aquela que vibra no coração das criaturas que acreditam que Deus tudo vê e provê. Essa fé verdadeira, que respeita os ritmos e os ciclos naturais da vida, considera que tudo está certo e nada está fora dos domínios da Ordem Providencial.
          Ter fé é aceitar a dor e a dificuldade em nossas vidas como pedidos de renovação. Ter fé é perceber as nossas limitações e, da mesma forma, as dos outros e perdoar sempre.
          Nossa consciência de vida é diminuta e frágil. Como esperar que um paralítico possa caminhar por uma ladeira íngreme, repleta de fendas e pedregulhos, com precisão e agilidade, sem vacilar? É óbvio que o erro traz conseqüências para quem errou, mas a Vida Maior não tem como método de educação punir ou condenar. Ela visa apenas transformar a “energia do ato” na “consciência do ato”. Em outras palavras, quer que a criatura possa extrair do erro ensinamentos e que fique cada vez mais atento às leis que regem sua existência. Portanto, ter fé é aprender a nos perdoar e aos outros, para que possamos ser perdoados.
          Ter fé é entender que não se consegue paz meramente pedindo, e sim fechando as portas das sensações exteriores a fim de penetrar no sentido interior – a intuição sapiencial.
          Enfim, ter fé é compreender que “Deus está em tudo, e tudo está em Deus”, conforme legitimou Jesus Cristo: “Quem me vê, vê o Pai. Como podes dizer: Mostra-nos o Pai? Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim?”. Ou mesmo, quando asseverou “Em verdade vos digo: cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizeste”.
          Sobre isso também escreve Paulo de Tarso em I Coríntios, 15:28: “para que Deus seja tudo em todos”, pois, na realidade, o Criador Excelso está em todas as criações e criaturas, mas não se confunde com nenhuma delas, nem nelas se dissipa.


          Francisco do Espírito Santo Neto - Ditado por Hammed, do livro Um Modo de Entender, uma Nova Forma de Viver.



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O Médium Mistificado - Engabelo



A mistificação mediúnica ainda é proble­ma que requer minucioso estudo e análise isentos de qual­quer premeditação pessoal, porquanto nela intervém inúmeros fatores desconhecidos aos próprios médiuns que são víti­mas desse fenômeno. A Terra ainda é um planeta em fase de ajuste geológico e de consolidação física; a sua instabilidade material é profundamente correlata à própria instabilidade espiritual de sua humanidade. Em consequência, ainda não podeis exigir o êxito absoluto no intercâmbio mediúnico entre os "vivos" e os "mortos", pois que depende muitíssimo do melhor entendimento evangélico que se puder manter nessas relações espirituais.

Só os médiuns absolutamente credenciados no serviço do Bem, e assim garantidos pela sua sintonia à faixa vibratória espiritual de Jesus, é que real­mente poderão superar qualquer tentativa de mistificação partida do Além-Túmulo.

Na verdade, os agentes das som­bras não conseguem interferir entre aqueles que não se des­cuidam de sua conduta espiritual e se ligam às tarefas de socorro e libertação dos seus irmãos encarnados.

A mistificação é fruto de circunstâncias naturais cria­das pelo medianeiro, ou do descuido daqueles que ainda ima­ginam a sessão espírita como um espetáculo para impressionar o público. O Espírito mistificador sempre aproveita o estado de alma, a ingenuidade ou a vaidade do médium para então mis­tificar. No entanto, podemos vos assegurar que a mistificação não acontece à revelia dos mentores do médium, embora eles não possam ou não devam intervir, tudo fazendo para que os seus intérpretes redobrem a vigilância e acuidade psíquica, a fim de se fortalecerem para o futuro.

Na verdade, a maioria das mistificações deve-se mais ao amor próprio exagerado, à preguiça mental, e também ao excesso de confiança dos médiuns no intercâmbio tão com­plexo e manhoso com o plano invisível, em que se abando­nam displicentemente à prática de sua faculdade mediúnica.


Ramatís - do livro MEDIUNISMO
Retirado do Site: http://www.triangulodafraternidade.com/

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Alguns Esclarecimentos Sobre a Curimba

 

Louvação aos Ogãs

 

Ponto de Autor Desconhecido

"Ah, como é lindo o batuque do Tambor

Ah, como é lindo o batuque do Tambor

Na Umbanda linda de Nosso Senhor

Na Umbanda linda de Nosso Senhor

 

É a mensagem que enaltece os Orixás

É a oração que elevo ao senhor

É a vibração que nos faz incorporar

Sem batuque na umbanda

Não se pode trabalhar

 

Eu não sabia, mas agora aprendi

Que o canto faz a gira de Umbanda

Quem canta, encanta a vida dos Orixás

É uma benção, divina que emana muita paz"



Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista. Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.

Muitas são as funções que os pontos cantados têm. Primeiramente uma função ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa. Assim temos pontos para a defumação, abertura das giras, bater cabeça, etc.

Temos também a função de ajudar na concentração dos médiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do médium, não a deixando desviar – se do propósito do trabalho espiritual. Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico.

Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora.

Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chacras superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando – os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior, assim como, os toques dos atabaques atuam nos chacras inferiores (básico, esplênico e umbilical), criando condições ideais para a prática da mediunidade de incorporação.

As ondas energéticas – sonoras emitidas pela curimba, vão tomando todo o centro de Umbanda e vão dissolvendo formas – pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais. A curimba tranforma – se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.

Os pontos transformam – se em “orações cantadas”, ou melhor, verdadeiras determinações de magia, com um altíssimo poder de realização, pois é um fundamento sagrado e divino. Poderíamos chamar tudo isso de “magia do som” dentro da Umbanda.

A Curimba também é de suma importância para a manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc. Entendam bem, os guias não são chamados pelos atabaques como muitos dizem. Todos já encontram – se no espaço físico - espiritual do terreiro antes mesmo do começo dos trabalhos. Portanto a curimba não funciona como um “telefone”, mas sim como uma sustentadora da manifestação dos guias.  O que realmente invoca os guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direções. Muitas vezes ao cantar expressamos esse sentimentos, mas é o amor aos Orixás a verdadeira invocação de Umbanda.

Falando agora da função de atabaqueiro e curimbeiro, ou simplesmente da função de “ogã” como popularmente as pessoas chamam na Umbanda, enfatizamos a importância deles serem bem preparados para exercerem tal função. Infelizmente ainda hoje a mentalidade de que o ogã é “qualquer um que não incorpore” persiste. Mas afirmamos, o ogã como peça fundamental dentro do ritual é também um médium intuitivo que tem como função comandar todo o “setor” da curimba. Por isso faz - se necessário que seja escolhido uma pessoa séria, estudada, conhecedora dos fundamentos da religião.  

Além disso, o ideal é que o “neófito” que busca ser um novo ogã procure uma escola de curimba, onde aprenderá os fundamentos, os toques de nação e “como”, “o quê” e “quando” cantar.

Mulheres também podem ser atabaqueiras e curimbeiras, SIM! O "cargo" de ogã vem do candomblé e apenas é dado a pessoas do sexo masculino. A mulher no Candomblé não toca atabaque, por alguns dogmas da religião, principalmente em relação à menstruação. Na Umbanda não importamos dogmas e conceitos do candomblé, mas sim seguimos os nossos, passados diretamente pelos nossos guias e mentores. Nuca vimos um caboclo ou preto – velho proibindo mulher de tocar atabaque, por isso afirmamos, na Umbanda mulher toca e canta sim, e, diga – se de passagem, muitas vezes melhor do que os próprios homens. 

Por fim, queremos fazer alguns comentários a cerca da espiritualidade que guia os trabalhos da curimba. Muitas linhas de Umbanda existem no astral e trabalham ativamente nele, apesar de não incorporarem. Existem muitas linhas de caboclos, exus, pomba – giras, etc, que por motivos próprios trabalham nos “bastidores”, sem incorporarem ou tomarem a “linha de frente” dos trabalhos espirituais. Também existe uma corrente de espíritos que auxiliam nos toques e cantos da curimba. São mestres na música de Umbanda, verdadeiros guardiões dos mistérios do “som”. Normalmente apresentam – se com a aparência de homens e mulheres negras, com forte complexão física para os homens, e bela mas igualmente forte para as mulheres. Seus trajes variam muito, indo desde a roupagem mais simples como um “escravo” da época colonial, como até mesmo o terno e o vestido branco.

São espíritos bondosos, muito alegres e divertidos, que com o cantar encantam a muitos no astral. Alguns fazem – se presente auxiliando o toque, outros o canto e outros ainda auxiliam a manutenção da energia e sua dissipação dentro do terreiro. Muitas vezes chega a acontecer uma espécie de “incorporação” desses guias com os ogãs, os inspirando a determinados toques e cantos. Qualquer pessoa com experiência em curimba pode relatar casos aonde um ponto vem na hora que ele é necessário e depois você simplesmente o esquece. Isso acontece sobre inspiração desses mentores.

Algumas vezes também, em festas de Umbanda e dos Orixás, onde muitos se reúnem, percebemos que diversos espíritos chegam portando seus “tambores astrais”, percutindo – os a partir do astral, ajudando na sustentação e na energia das festividades, potencializando ainda mais os toques dos atabaques e as energias movimentadas. Isso é muito comum, por exemplo, nas festividades de Iemanjá, no fim do ano.

Quando os guias, incorporados fazem sua saudação à frente dos atabaques, estão saudando as pessoas que tocam, estão pedindo para que as forças movimentadas pela curimba sejam benéficas a todos, mas estão também, saudando e agradecendo a toda essa corrente de trabalhadores “anônimos” do astral. Estão percebendo como muita coisa foge aos nossos sentidos em uma “simples” e humilde gira de Umbanda?    
  
Sabemos que esse universo da curimba muitas vezes é pouco explicado, e muitos chegam a defender a abolição dos atabaques dos centros de Umbanda. A isso, os próprios guias e mentores de Umbanda respondem, tanto incentivando os toques e trazendo mentores nesse “campo” , como também, abrindo turmas de estudo de Umbanda e desenvolvimento mediúnico, onde percebemos claramente que o "animismo" acontece por despreparo do médium, falta de estudo ou orientação e não pelo uso de atabaques. Colocar a culpa nos atabaques é como “tampar o sol com a peneira”. Afinal, como explicado parágrafos acima, o atabaque quando bem utilizado é ótima ferramenta para o desenvolvimento mediúnico.

Muitos desses toques a respeito da curimba, que aqui estão escritos, foram me passados por um espírito amigo, que me auxilia nos trabalhos de curimba e que apresenta – se com o nome simbólico de “Zé do Couro”. 
Esperamos que esse texto possa ter trazido certas explicações à cerca da curimba, desmestificando e explicando alguns aspectos dela.

Axé a todos! 

Texto de Fernando Sepe

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Nossa Prece


Ampara-nos, Senhor,
Este repouso de amor
Em que a paz nos descansa
Porto, refúgio, lar,
Em que podemos cultivar
As bênçãos da esperança.

Perante a caridade por dever,
Faze-nos perceber
Que nesta casa em que nos aconchegas,
A todos nos entregas
A bendita oficina
Que nos renove a fé na Bondade Divina.
De rotina em rotina
E surpresa em surpresa,
Deixa-nos discernir
Que, em contemplando a própria natureza,
Da rocha mais hostil ao solo mais fecundo,
Tudo é auxílio na lei
Se te atende na estrada ao lema de servir.

Tudo é auxílio na lei
Do firmamento ao chão. . .
Serve o sol, serve o mar sem derramar-se em vão,
O tronco não devora os frutos que oferece,
A fonte ajuda e passa em sussurros de prece,
O vento ampara a flor, a flor perfuma a vida,
Faz-se pão e celeiro a semente esquecida. . .

Ajuda-nos, Senhor a repartir o bem
Sem traçar condições, sem perguntar a quem. . .
Aspiramos a ser contigo, dia a dia,
Bálsamo, reconforto, união, alegria,
Agasalho do templo e coração da escola,
O prato que alimenta e o verbo que consola. . .

Concede-nos o Dom de cooperar contigo,
Trabalhar e seguir pelo teu braço amigo.
Tanto à luz do porvir quanto na luz de agora,
Faze, por fim, Senhor,
Que a nossa casa seja, hora por hora,
Um caminho de fé para o Reino do Amor.

 
Espírito Maria Dolores - Do livro: Encontro de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier.
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Ouça os Pontos da Linha de Esquerda da Umbanda

Luz Crística

"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Positivismo

Tal como são nossos pensamentos é nossa consciência: e tal como é nossa consciência, é nossa vida.

Se plantarmos uma semente de pensamento limpo e positivo e nos concentrarmos nele, damos a ele energia, tal como o sol dá energia para uma semente na terra. E tal como a semente na terra acorda, move-se e começa a crescer, os pensamentos nos quais nos concentramos acordam, movem-se e começam a crescer.

Então, vamos semear pensamentos positivos.

A cada manhã, antes de começarmos a jornada de nosso dia, sentemo-nos em silêncio e semeemos a semente da paz.

Paz é harmonia e equilíbrio. Paz é liberdade - liberdade do peso da negatividade e do desperdício. Deixemos que a paz encontre sua morada dentro de nós. A paz é a nossa força original, nossa eterna tranquilidade de ser.]

Permita que seu primeiro pensamento do dia seja de paz. Plante essa semente.

Regue-a com atenção e você atingirá a calma.

Por Antony Strano

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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