Veja
aqui dois textos que nos dão uma boa idéia sobre o que significam as tão
citadas palavras nos Centros Espíritas "sintonia" e
"vibração".
Fonte:
Verdade e Luz, edição nº 302 . Março/2011 - Federação Espírita do Estado de
Mato Grosso.
Os termos vibração e sintonia são muito utilizados
no meio Espírita. No entanto, será que compreendemos acertadamente o seu
significado? Em Física, uma vibração é o movimento de um ponto oscilando em
torno de outro ponto de referência. O exemplo de vibração mais simples e
clássico é o movimento de vaivém que executa o pêndulo de um relógio de parede,
lentamente.
Pois bem, esta é uma característica de todos os
fluidos, quer se expressem como matéria grosseira ou eterizada. O movimento
vibratório é representado por uma onda, que possui um comprimento e uma
frequência peculiares para o tipo de fluido que lhe deu origem. Ou seja, quando
se deslocam no espaço, os fluidos não o fazem de forma contínua, mas executam
movimentos internos de vaivém, com comprimentos de onda e frequência
específicos. Assim, estamos todos mergulhados em um oceano de ondas,
provenientes de tudo a nossa volta, pois até mesmo partículas elementares do
átomo, como os prótons e elétrons, ao se deslocarem, originam uma onda
associada. Até mesmo nosso cérebro é um emissor de ondas mentais, pois que o pensamento
é matéria sutilíssima produzida pela mente, sob o comando do Espírito.
Em Espiritismo, sintonia é a identidade vibratória
das emissões mentais de dois ou mais espíritos, encarnados ou desencarnados.
Sendo assim, estarão em sintonia vibratória as pessoas e espíritos que tiverem
os pensamentos e sentimentos semelhantes, pois os fluidos que emanarem de ambos
terão comprimentos de onda e freqüência semelhantes também. Sabe-se hoje que os
sentimentos são os responsáveis pelas características vibratórias dos
pensamentos, ou seja, em sua origem os pensamentos são neutros, mas recebem o
“tom vibratório” dos sentimentos que lhes dão um “colorido” específico, uma
espécie de impressão digital do Espírito que é o emissor dos pensamentos. Dessa
maneira, podemos facilmente deduzir de tudo o que expusemos até aqui, que a
sintonia vibratória é a expressão física da afinidade espiritual entre as
criaturas filhas de Deus, ou seja, decorrem de suas características morais,
quais sejam: seus gostos; seus ideais; sua maneira de ver o mundo, as pessoas e
Deus; sua forma de agir; seus sentimentos; etc.
Não há como evitarmos o fenômeno de sintonia. A
todo o momento, estamos em sintonia vibratória com outras mentes, encarnadas ou
desencarnadas. Temos, portanto, as companhias espirituais que se ajustam àquilo
que somos e fazemos, automaticamente. Compreender o fenômeno de sintonia
vibratória e aceitá-lo por natural e inevitável, ajuda-nos a melhor compreender
os fenômenos mediúnicos e as obsessões em geral. Mas, haverá uma forma de
melhorarmos as nossas vibrações pessoais, de modo a aprimorar a nossa sintonia
espiritual?
Há um meio infalível, proposto por Kardec nas obras
da Codificação Espírita: enriquecer o pensamento pela aquisição de
conhecimentos (desenvolvimento da inteligência) e pela edificação dos
sentimentos (desenvolvimento moral). É o auto-aprimoramento conquistado com
esforço próprio, pelo bom direcionamento da vontade, aplicando o aprendizado na
melhoria dos nossos relacionamentos e no desenvolvimento de nosso livre-arbítrio.
Por
Márcia Pacciulio
A Mola Mestra da Obsessão
Brechas
na defesa energética. Nunca me cansarei de bater nesta mesma tecla, ao abordar
assuntos atinentes ao espiritualismo e aos seus efeitos na nossa vida
cotidiana, porque é esta a exata diretriz à qual devemos nossa máxima atenção,
através do aprimoramento interior, no sentido de depurar nosso padrão
vibratório a um patamar tão elevado, que jamais processos obsessivos de qualquer
ordem possam vir a nos atingir.
Mas
que quero dizer com "brechas na defesa energética"?
Analisemos
com imparcialidade. Nas situações de angústia; de raiva ou ressentimento; de
atritos graves com o próximo, durante as trocas de ofensas ou injúrias, há alguém
em condições de afirmar com honestidade que se sente bem, feliz e bem-disposto
nestes instantes críticos de desavenças, ou de aguda preocupação ou ansiedade?
Procede a ilusão de que aquele a quem pretendemos atingir com o nosso
descontrole é o único prejudicado? Ou o mal que lhe dirigimos não afeta antes
de tudo a nós mesmos, piorando a qualidade do nosso humor; acabando com um dia
mais das vezes salutar antes da crise irada; ou levando-nos lamentavelmente a
descontar naqueles nossos afeiçoados mais íntimos a sobrecarga amarga dos
dissabores experimentados no decorrer de um dia?
Creio
que não; há que não se confundir, antes de qualquer consideração precipitada, a
baixa sensação de saciedade raivosa, bem próxima à provocada pelos desagravos
da vingança, com a genuína felicidade proporcionada pela paz na consciência, e
pela serenidade de quem se acha à vontade na vida dentro das contingências
corriqueiras, identificando a fonte da tranqüilidade, acima de tudo, em si
mesmo, e no modo equilibrado como se costuma reagir usualmente às situações.
Alguém disse certa vez que a felicidade, como realização pessoal, prende-se
indiscutivelmente à nossa maneira de reagir aos fatos, e à nossa visão da vida,
naquela referência clássica dos "óculos coloridos", que emprestam a
uma paisagem a cor das lentes escolhidas para servirem de anteparo entre nós
mesmos e o que nos circunda. Ponhamos lentes cinzas, e o dia nos parecerá
chuvoso, por mais ensolarado esteja. Usemos lentes azuis, e guardaremos a
impressão enganosa de flutuar nos céus, ignorando porventura alguma intempérie
iminente; escolhamos, entretanto, as translúcidas, e veremos a realidade mais
fiel ao que se apresenta às nossas vistas, emprestando-nos condições mais
adequadas de interagir com a noção mais aproximada das circunstâncias.
Menciono
estes exemplos para delinear as condições nas quais os arrastamentos emotivos
nos lançam perigosamente a uma falta de prumo emocional que, em termos de
espiritualidade, lamentavelmente nos situam em faixas vibratórias dissonantes
para com o padrão desejável, se o que almejamos é a sintonia e a comunhão com
aquelas esferas da vida invisível isentas da conturbada turbulência
característica da materialidade, na difícil época de transição que ora
atravessamos. Ninguém duvide que a lei de atração entre os semelhantes é
draconiana, em se tratando daquelas influências que atrairemos em regime de
compatibilidade com as nossas condições íntimas. O que já aqui constatamos, em
observando que artistas se compatibilizam com artistas, crianças com crianças,
indivíduos amorosos com indivíduos amorosos, e malfeitores com malfeitores,
inapelavelmente encontra seu paralelo num universo onde o padrão energético
individual, como já pude mencionar em artigos anteriores, se comprova como a "impressão
digital" do Espírito, inconfundível, ao atrair para si aqueles seres que
irão comungar com as nossas tendências, idéias e atitudes, sem remissão.
As
brechas na defesa energética, portanto, naqueles que já anseiam um padrão de
vida mais purificado do profundo desequilíbrio reinante nos dias de hoje, e
causadoras dos lamentáveis processos obsessivos são exatamente aqueles momentos
infelizes em que nos permitimos baixar a guarda, dominados por qualquer estado
emocional ou psicológico deprimente, ou inferior àquela paz desejável para
qualquer situação da nossa vida. Porque é justo neste instante de invigilância
que os "desocupados" do astral circundante se acasalam, por sintonia,
ao estado de alma desprevenido ao qual nos abandonamos, dando início a um processo
de "simbiose de energias” (1) que pode se mostrar mais ou menos extenso,
dependendo da nossa perseverança em não nos deixarmos dominar por sentimentos
ou emoções pungentes.
Disso
se infere, portanto, que, a par do auxílio precioso oferecido pelas casas
espiritualistas bem-intencionadas, durante a aplicação do tratamento
desobsessivo, é vital a tomada de consciência de que o principal tratamento, e
a medida profilática imprescindível, com vistas a prevenir um mal que pode se
agravar ao ponto do comprometimento de toda uma encarnação do indivíduo, é o
trabalho de aprimoramento íntimo, através do esforço de sintonia com a
espiritualidade sã que povoa o universo, por meio de iniciativas condizentes
com uma qualidade de vida mais elevada, e pelo estudo das verdades espirituais,
indispensável à evolução e ao crescimento de todo ser humano.
Sem
embargo, as humanidades elevadas que povoam o cosmos só lograram a vida na luz
após atravessarem a árdua lição de expurgo, que escorraçou a ignorância e as
trevas, em primeiro lugar, de si mesmas.
(1) Trocas de
energias em comum, com comunhão de intenções.
Por Christina
Nunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário