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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mediunidade e Espiritualidade


"O melhor médium é o médium espiritualizado"

Houve um tempo em que o refrão “o melhor médium é o médium evangelizado”, criado pelos espíritas, chegou a ser tomado como lei.

Acontece que, como a mediunidade só era sistematicamente estudada e treinada dentro das casas espíritas, era natural que, para eles, o melhor médium fosse o mais evangelizado, uma vez que o Espiritismo é uma doutrina baseada no Cristianismo, nos ensinamentos deixados por Jesus nos Evangelhos.
O desvio começou quando esse parâmetro tornou-se popularmente difundido, como se o médium que professasse qualquer outra religião ou doutrina, ou que não professasse nenhuma religião ou doutrina, não pudesse ser um bom médium, um médium responsável, um médium voltado para o crescimento espiritual de si próprio e das pessoas com quem convive.

No entanto, mais importante que a crença professada pelo médium, é a forma como entende, exerce e usa sua mediunidade. E nesse aspecto, pouco importa se segue os ensinamentos de Jesus, Buda ou Krishna, pois todos eles, em essência, dizem as mesmas coisas, ensinando que somos todos espíritos, imperfeitos ainda, encarnando e desencarnando sucessivamente, e todos iguais perante o Criador.

Nesse aspecto, importa mais saber como o médium vê o próximo e o que deseja para ele; se usa sua mediunidade, ainda que inconscientemente, para levar o bem a todos, indistintamente; se usa a mediunidade para aprender e crescer; se, mais do que médium, ele entende que é um espírito e, como tal, deve levar sua vida aqui na Terra.

A condição temporária de médium é apenas mais uma tarefa, mais um trabalho a ser cumprido, que não o exonera de todas as outras tarefas comuns a todos os outros seres humanos. Ao contrário, como médium, ou seja, como intermediário entre os homens encarnados e os homens desencarnados, ele deve conhecer bem a natureza humana e, para isso, deve viver bem NO mundo, sem viver PARA o mundo.

“Melhor ser espiritualizado do que ser médium”

A mediunidade é condição que nos coloca em contato direto com o mundo espiritual, o mundo de onde viemos e para onde voltaremos quando esta vida terminar, mas, sendo neutra em si mesma, da mesma forma que nos dá a possibilidade do contato com seres elevados, também pode nos colocar em contato com seres desequilibrados e perturbados. O que determina a qualidade dos contatos a serem feitos por seu intermédio é a intenção do contato e, principalmente, o nível espiritual de quem a possui e exerce.

Quanto mais espiritualizado for o médium, no sentido de ter consciência de sua condição de espírito em experiência na carne, aprendendo e corrigindo-se para crescer, mais elevados serão seus contatos e mais positivos os frutos desses contatos, mesmo quando manifestando entidades desequilibradas, desorientadas e perturbadas, pois estarão sempre voltados para a espiritualização da humanidade como um todo.

De nada adianta ser médium sem essa consciência, pois não estamos aqui para sermos apenas bons médiuns, mas para sermos espíritos melhores, mais éticos e amorosos, e a mediunidade é apenas mais um recurso que Deus nos proporciona para termos sucesso nessa empreitada.

O médium que não procura crescer como espírito, que não busca o aperfeiçoamento de si mesmo em bondade, discernimento, amor, fé e serenidade, que não procura levar às outras pessoas a idéia de que não somos este corpo físico, de que a nossa essência é muito mais sutil, mais nobre e muito mais importante que ele, é mero alto-falante, que apenas repete o que lhe dizem os espíritos, sem se importar com o nível desses espíritos, sem se preocupar se o que dizem é bom ou ruim, sem se importar com o efeito do que é dito nas outras pessoas e no mundo à sua volta.

É o que diz Ramatis, no livro Mediunismo, quando afirma que “não basta ver, ouvir e sentir espíritos em seu plano invisível, pois o médium, em qualquer hipótese, deve ser o homem que, além de contribuir para a divulgação da imortalidade do espírito na Terra, é cidadão comprometido com os deveres comuns junto à coletividade encarnada, onde só a bondade, o amor, o afeto, a renúncia e o perdão incessante podem livrá-lo das algemas do astral inferior.”

Por isso destacamos a frase acima, pois é melhor ser espiritualizado, sem ser médium, do que ser médium, sem ser espiritualizado, já que é muito mais importante para nós evoluirmos como espíritos, independentemente de sermos médiuns ou não.

De nada adianta sermos ótimos médiuns, vendo espíritos, conversando com eles, escrevendo e falando o que eles pensam, se não formos capazes de aprender com isso, se não formos capazes de buscar e levar luz neste contato, se não formos capazes de tornar o mundo à nossa volta melhor com esse intercâmbio.

O contato com o mundo dos espíritos, por si só, não atribui a nenhum médium qualidades morais que ele não tenha em si, que ele mesmo não tenha conquistado como consciência, que ele mesmo não possua, como herança de seus próprios esforços ao longo de sua vida espiritual.

Ninguém se torna digno de confiança e respeito apenas por ser médium. E o médium só será considerado digno de confiança e respeito quando já o for como indivíduo. 

- Por Maísa Intelisano -

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"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Positivismo

Tal como são nossos pensamentos é nossa consciência: e tal como é nossa consciência, é nossa vida.

Se plantarmos uma semente de pensamento limpo e positivo e nos concentrarmos nele, damos a ele energia, tal como o sol dá energia para uma semente na terra. E tal como a semente na terra acorda, move-se e começa a crescer, os pensamentos nos quais nos concentramos acordam, movem-se e começam a crescer.

Então, vamos semear pensamentos positivos.

A cada manhã, antes de começarmos a jornada de nosso dia, sentemo-nos em silêncio e semeemos a semente da paz.

Paz é harmonia e equilíbrio. Paz é liberdade - liberdade do peso da negatividade e do desperdício. Deixemos que a paz encontre sua morada dentro de nós. A paz é a nossa força original, nossa eterna tranquilidade de ser.]

Permita que seu primeiro pensamento do dia seja de paz. Plante essa semente.

Regue-a com atenção e você atingirá a calma.

Por Antony Strano

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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