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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Apenas Um Cavalo



Foi quando eu tinha seis anos de idade que eu pisei pela primeira vez em um terreiro de Umbanda. A sensação foi como a de um filho que reencontra a mãe após uma longa viagem. Pude reconhecer de imediato seu cheiro, sua voz, e, principalmente, seu abraço. Percebi então, que eu era parte daquilo e aquilo me era por inteiro. 

De lá para cá já se passaram vinte e sete anos, mas a sensação do primeiro dia ainda não passou. Meu coração ainda bate forte quando sinto o cheiro da erva queimando na brasa e escuto o som dos tambores.

Talvez seja isso o que acontece com qualquer um que encontra a sua religião ou filosofia de vida, não sei, sei que comigo é assim. As lágrimas são tão impossíveis de controlar como a felicidade depois de mais uma missão cumprida. Por mais comprida e cansativa que tenha sido.

Renasci em meio aos brados de valentes Caboclos e às palavras sábias e mansas de alguns que viveram a escravidão. Aprendi a perdoar, mas não deixei de aprender a lutar contra as injustiças, assim como não deixar de sorrir para a dor e as aflições. Solidão eu nunca senti, mas já me arrependi de algumas companhias.

Guiado muitas vezes como um cavalo com três ou mais arreios, me entreguei em um caminho que não sei e nem nunca soube o final, mas sei que é o meu. Chorei a dor das decepções, mas nunca lamentei nenhuma das emoções. Minhas angústias quase me derrubaram, mas me fizeram perceber que somos fortes, quando só nos resta esta opção.

Quando vi meus irmãos e eu sendo humilhados pela nossa fé limpa e cristalina, saí às ruas. Desejei ter mais que uma cara para colocar a tapa. Ofereci a outra face, mas após isso eu não encontrei nada que nos dissesse para recuar. Avançamos.

Enquanto semeávamos, outros tentavam destruir nossa lida com a terra.  Demos, e ainda damos bons frutos. Muitos colheram, colhem e saboreiam até hoje. Pediram-nos para dividir o crédito do plantio, então dividimos. Mas estes não sabem o quanto nossa pele corou no sol. Não sabem o peso da enxada e nem a dureza da terra. Mas dividimos, com o acordo que daquele dia em diante, eles nos ajudariam a plantar. Mais mãos, mais sementes. Certo? Errado!

Bastou alguns arranhões naturais da lida para fazê-los trocar a enxada pela pedra, tentando colher forçadamente algo que a natureza lhes nega. Difícil de entender como se acham humildes dizendo que as pedras que nos atiram são pobres, enquanto nós somos vaidosos porque trabalhamos com enxadas bem eficientes.

Passem por onde passamos, pisem onde pisamos, caminhem como caminhamos, plantem o que plantamos. E só depois queira colher o que colhemos. Encoste seus ouvidos na terra e ouça o que ela tem a dizer. Já fez isso? Já perguntou para quem a árvore produz seus frutos? Já pediu licença para apanhar uma folha?

Não queira ser um guerreiro nem um cavalheiro, seja apenas um cavalo, com muitos arreios. 

Publicado na Coluna de Ricardo Barreira no Jornal Bom Dia em 29/10/2011

Fonte: http://www.ricardobarreira.com.br/

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Luz Crística

"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Positivismo

Tal como são nossos pensamentos é nossa consciência: e tal como é nossa consciência, é nossa vida.

Se plantarmos uma semente de pensamento limpo e positivo e nos concentrarmos nele, damos a ele energia, tal como o sol dá energia para uma semente na terra. E tal como a semente na terra acorda, move-se e começa a crescer, os pensamentos nos quais nos concentramos acordam, movem-se e começam a crescer.

Então, vamos semear pensamentos positivos.

A cada manhã, antes de começarmos a jornada de nosso dia, sentemo-nos em silêncio e semeemos a semente da paz.

Paz é harmonia e equilíbrio. Paz é liberdade - liberdade do peso da negatividade e do desperdício. Deixemos que a paz encontre sua morada dentro de nós. A paz é a nossa força original, nossa eterna tranquilidade de ser.]

Permita que seu primeiro pensamento do dia seja de paz. Plante essa semente.

Regue-a com atenção e você atingirá a calma.

Por Antony Strano

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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