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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Arquétipo dos Exus


Por: Leopoldo Bettiol
Confrades,

Tive, pouco faz, a oportunidade de ter ante os olhos, uma coleção de figuras de Exu. Foi uma decepção, um calafrio, um escárnio para a minha sensibilidade.
Lamentei. O divino é por isso mesmo sacro.
Não deve, não pode ser reles, grosseiro, ridículo. O artista, se tal nome merece, que em má hora de inspiração infeliz, elaborou, aquele grupo de estatuetas vermelhas é um imbecil; sem gosto e sem cultura artística ou um velhaco “mercantilista”, abusando da crendice, da boa fé, da simplicidade dos seus irmãos de crença. AQUI CESSA, TODA TOLERÂNCIA E BOA VONTADE. Se o seu criador fosse “um artista”, saberia que a ARTE, no Ocidente, esteve 1500 anos ao serviço da Igreja. O mais belo da imaginação criadora do espírito humano, está na arquitetura das catedrais, nos talhe, nos relevos, nas imagens, nas estátuas e ornamentos. A Igreja medieval foi refugio do artista. Não havia , uma arte social, havia uma arte religiosa: divórcio, entre o sacerdócio e o povo.
Foi, em pós da REVOLUÇÃO, de par com a inspiração maometana, que surgiram escolas, cenáculos, salões e museus... Foi assim, na Índia, na China, no Egito, na Grécia. Não seria, suficiente, consultar um tratado de Arqueologia, uma História da Arte? Não estará por ali, o melhor do pensamento, procurando uma expressão de beleza?
Beleza tão construtora, como um livro sacro? Uma ascensão espiritual comovedora? Não é com verdadeiro pesar que nós “nos confrangemos” quando a arte se degrada?
Foi a minha impressão. Aquilo, aquele grupo de demônios vermelhos, “guampudos”, com pés caprinos, de barba em ponta, de sobrancelhas hirtas, de olhos saltados e dentes agressivos, NÃO É EXU! ... Aquilo é uma concepção primária, falsa, mórbida, velhaca, indecente, ridícula. Aquilo depõe, contra seu criador. Não é o Lúcifer das Escrituras. Não é o Plutão dos gregos. Não é o Tifon do Egípcio. Não é o Ahriman do babilônio. Não é o Ravana do hindu. Não é o Curupira do bugre... Por Deus!... Não é nada disto. Aquilo é uma estupidez! Um “Satanás de Opereta”, nada mais!...
O negro, não tinha uma concepção de Demônio; o bugre, ainda menos. Porque trazer para a Umbanda aquele espantalho bestificador?
Dizem que Exu tem sido visto assim. Admito, aceito. Visto por quem?
Por clarividentes ignorantes, mal educados, impressionistas obcecados; vitimas de sua própria criação mental, doentes, atemorizados por sugestões mórbidas, presas de leituras mal digeridas, atordoados por disciplinas rituais sem nexo, por uma magia espúria, explorada por caciques ignorantes... O fato, raia pelo crime. Não deve continuar assim.
Falsa doutrina, falso arremedo, de falsas iniciações! Caso de expurgo. Literatura deletéria, livros para queimar!
Gente, precisada de trato com o neuro psiquiatra, num hospital! Não é a vidência, o que eu nego. Não condeno o médium, ignorante e passivo. Digo que ele é uma vitima, dotada de uma faculdade que precisa educação. Que há tratados, para desenvolver e controlar o fenômeno da vidência, sob a direção de um responsável!
Mediunidade, mentalismo, hipnose, sonambulismo lúcido, que constatam o fenômeno; ramos do psiquismo, que tem leis para o estudo sério da questão.
O Exu do negro, o Bará é um Deva da linha angélica, de tipo inferior; um agente, um servidor, um desbravador, que nada tem que ver com esse monstro vermelho.
Será bom ou mau, conforme o fim mágico para o qual for dirigido, pelo seu “propiciador”, sem necessidade de assumir em “sua função serviçal”, uma figura grotesca. Seria supor, que nossos garçons, criados lacaios e serventes, devem assumir figuras e gestos de macacos, quando nos estão servindo... Já, tão bem, o diz, o aforismo hermético: - como é embaixo, é em cima. Um lacaio de casa rica tem camisa engomada e casaca de botões dourados; um garçom enverga blusão de linho branco; o cozinheiro, um avental, um avental; a capeira (encarregada de um guarda-roupa), uma touca rendada...
Que impressão teríamos, se nos servissem contorcidos, deformes, agressivos, chiando e cuspindo?
Não daríamos logo, “pelo falso da atitude”, pela estupidez?
Isto, que não admitiríamos, para a vida normal e comum de todos os dias, nós admitimos para o mundo espiritual...
Por quê?
Há uma lógica em tudo isto?
Não! Não há. Há morbidez, fanatismo, infantilidade, temor e falsa observação.
Já viu lendo obras de arte, qual é a indumentária do servidor grego, egípcio, babilônico? O antigo servo romano? O gladiador do circo, o soldado? Veste uma tanga, um calção, um saiote curto nada mais!... Em missão mais conspícua, um peitoral, saiote até aos joelhos, sandálias; pernas e braços nus, cabelos bem penteados, um colar, braceletes. Postura ereta, digna, respeitosa, continente. Por que, não representaremos assim, “deste modo natural”, o nosso EXU?
Por mim, repilo o artista, o escritor fantasista, que fuja da historia, no desenfreio da sua imaginação tresloucada e falsa.
Teriam mentido os hermetistas? Será um ludibrio toda a figuração dos mitos, tão rica em belezas?
Saberão, esses artistas e escritores que pela força do pensamento, pelo poder mental, “estão criando” formas astrais que permanecem vivas “imantadas”, receptivas, nos planos subjetivos e que posteriormente “invocadas”, agem sobre vivos, como seres maléficos, de efeitos terríveis de perversão?
Não estarão esses artistas de fancaria, SUJANDO O AURA MENTAL DO MUNDO, com as suas criações?
E é essa gente nefasta e ignorante que nos falam de ocultismo e de iniciação?
Não haverá uma noção de responsabilidade, quando influímos na alma dos outros?
A Umbanda será tão infeliz, que não empunhe um chicote para enxotar esses vendilhões?
Tenho concebido uma Umbanda limpa, sem essas deformidades teratológicas. Como religião, a Umbanda, não se divorcia da Arte... Há, todo um mundo de belezas a propagar... Vamos encher nossos “Congas” de imagens, de Santos, de figuras, de estatuetas; está bem. Mas, façamo-lo com o senso do belo, que só por si, também é UMA RELIGIÃO.

SARAVÁ!!!


***********************************************************************************


Amados Irmãos,

O texto acima foi retirado de um antigo livro foi necessário quase uma tradução, justamente porque passamos por reformas, acordos ortográficos e se há algum erro este deve a este irmão que vos escreve, mas dentro das minhas possibilidades eu trago a vocês este especial texto que são as páginas 79,80,81,82 e 83 do livro ABC DE UMBANDA – LEOPOLDO BETTIOL – Coleção Santo Agostinho – Edição Livraria E Flora Olimpia Ltda – Porto Alegre – Rio Grande Do Sul - Ano 1956 , percebam o ano e percebam o tema que ainda é atual, mesmo após cinquenta e quatro anos, ainda não conseguimos livrar-nos destes VERMELINHOS CHIFRUDINHOS e munidos de “sapatos” de CASCOS CAPRINOS, percebam o texto do irmão Leopoldo Bettiol, leiam e releiam, é chegada a hora de nos livrarmos dos CHIFRUDINHOS VERMELHINHOS , é chegada a hora de trazermos aos nossos Terreiros o que é belo, Exu não é o que vendem por aí, também não podemos afirmá-los como anjinhos, mas torná-lo bestial é falta de coerência e de respeito a aos nosso Guardiões, perceba acima que imagem linda de João Caveira (imagem que já usei aqui no Blog), de cabelo penteado e trajando uma roupa impecável. O que muda representar Exu assim?
Interessante, que quando vamos visitar outras Casas ou ainda que queremos conhecer determinada Casa e que tenhamos vontade de algum dia fazer parte da mesma, lá vai o Pai/Mãe no Santo apresentar tudo do Terreiro, quando vamos então em dias que não há giras é mais fácil ainda de ter mostrado todo Terreiro, vimos tudo lindo e belo, em harmonia com o que rege nossa religião, mas quando chegamos na famosa Casa de Exu (nem todos Pais e Mães no Santo, mostram o local reservado a Exu, mas para entrar em uma Casa e ser filho da mesma acredito que todos deveriam visitar sim este espaço), ou espaço reservado a Exu, ficamos chorosos ou ainda passível de muita tristeza, lá podemos perceber as estatuetas dos CHIFRUDINHOS VERMELHINHOS , isso acaba com a minha visita, a impressão muda totalmente do Terreiro, lógico que isso está mudando, aos poucos, a passos de tartaruga, mas já existe muitos Terreiros que começaram com os CHIFRUDINHOS VERMELHINHOS e hoje retiraram do reino do Terreiro estas estatuetas do imaginário doentio do “pseudo-artista”.
Pais e Mães no Santo de imediato eu rogo vossas bênçãos rogo ainda desculpas, mas deixe seu reino (Terreiro) da forma que deve estar, sem os CHIFRUDINHOS VERMELHINHOS , a nossa Umbanda é linda e maravilhosa, nenhum Exu vai achar ruim com a sua investida contras esses CHIFRUDINHOS VERMELHINHOS , pare e pense, já que não aceita outras imagens no lugar dos CHIFRUDINHOS VERMELHINHOS que deixem apenas os Pontos Riscados como já vi em alguns Terreiros ou ainda que se risque apenas o Ponto dos Exus que são de sua Coroa, ou ainda como vi em outros Terreiros coloquem lá as quartinhas (alguns Terreiros usam quartinhas para simbolizar o assentamento de Exu, não são todos).
Pai e Mãe no Santo de nossa Umbanda vamos abolir os CHIFRUDINHOS VERMELHINHOS ?
Que Oxalá proteja todos vocês e que possam mudar com sabedoria a forma de representar nossos amados Exus!!!

            Por: Alex de Oxossi



         P.S. – Queridos irmãos de blogs, sites, comunidades e grupos o texto que trago do irmão Leopoldo Bettiol, não existe em nenhum site ou blog da internet, pelo menos eu não achei no Google e Orkut, esteja a vontade para levá-los a vossos espaços, mas não se esqueça de mencionar de onde você o tirou (Blog Povo de Aruanda) e principalmente o nome do Autor, principalmente este texto que tive que fazer algumas pequenas adaptações.


ABC DE UMBANDA – LEOPOLDO BETTIOL

3 comentários:

  1. Saravá, Salve! Ave! Viva! Namastê! Shalom! Sempre! Todos os Benditos Orixás (desde: OXALÁ, até Exú)! Sempre! Especialmente, aos que me ajudaram e me ajudam! Sempre! Principalmente, aos que mais me ajudaram e mais me ajudam! Sempre! E, particularmente, ao Meu! Sempre! Malê, Maleime, Agô! Sempre! Eterna, Infinitamente, Agradecido, Grato (Mesmo)! Sempre! Axé, Axé, muito Axé!!!...

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  2. Saravá! Salve! Namastê! Ave! Shalom! Viva! Louvações! Sempre! Para Todos os Benditos Orixás (desde: Oxalá, até Exú)! Sempre! Especialmente, aos que me ajudaram e me ajudam! Sempre! Principalmente, aos que mais me ajudaram e mais me ajudam! Sempre! E, particularmente, aos Meus! Sempre! Malê, Malembe (Maleime, Maleme), Agô! Sempre! Eterna, Infinitamente, Agradecido, Grato (Mesmo), de todo e do fundo, de meus: coração, espírito e minha alma, por tudo de bom, a mim, por tudo, Sempre a meu favor (e Jamais contra mim)! Axé, Axé, muito Axé!!!...

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  3. Saravá! Salve! Namastê! Ave! Shalom! Viva! Louvações! Honras! Graças! Laroiê! Sempre! Todos os Benditos Deuses(as), Divindades, Deidades (Orixás, Entidades) da Sagrada, Bendita, Poderosa (Forte, Iluminada, Gloriosa, Vitoriosa) UMBANDA! Sempre! Agô, Malê, Malembe (Maleime, Maleme)! Sempre! Eterna, Infinitamente, Agradecido, Grato (Mesmo), de todo e do fundo, de meus coração, espírito, alma (psiquismo, mente: consciente, subconsciente, inconsciente), por tudo de bom, a mim, por tudo, Sempre a meu favor (e Jamais contra mim)! Peço-Vos, que eu tenha: Paz, Saúde, Proteções, muitas, a mim! Sempre (Mesmo)! Amém! Assim Seja! Faça-Se! Axé, Axé, muito Axé!!!...

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Luz Crística

"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Positivismo

Tal como são nossos pensamentos é nossa consciência: e tal como é nossa consciência, é nossa vida.

Se plantarmos uma semente de pensamento limpo e positivo e nos concentrarmos nele, damos a ele energia, tal como o sol dá energia para uma semente na terra. E tal como a semente na terra acorda, move-se e começa a crescer, os pensamentos nos quais nos concentramos acordam, movem-se e começam a crescer.

Então, vamos semear pensamentos positivos.

A cada manhã, antes de começarmos a jornada de nosso dia, sentemo-nos em silêncio e semeemos a semente da paz.

Paz é harmonia e equilíbrio. Paz é liberdade - liberdade do peso da negatividade e do desperdício. Deixemos que a paz encontre sua morada dentro de nós. A paz é a nossa força original, nossa eterna tranquilidade de ser.]

Permita que seu primeiro pensamento do dia seja de paz. Plante essa semente.

Regue-a com atenção e você atingirá a calma.

Por Antony Strano

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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