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quinta-feira, 7 de abril de 2011

O Obsidiado Gadareno


Matéria publicada no Jornal Mundo Espírita - janeiro/2005

Os evangelistas Marcos (5, 1 a 20) e Mateus (8, 28 a 34) denominam os habitantes de gerasenos. Lucas (8, 26 a 39) refere-se a um local chamado Gergesa, antiga cidade à beira do lago de Genesaré.
O nome é talvez artificial, consideram alguns, e seria devido a Orígenes.
Amélia Rodrigues, espírito, narra o fato, referindo-se a Gergesa ou Gerasa, cidade da Transjordânia, cujos domínios não vinham até o lago de Genesaré, distando dali cerca de 2 km, tendo sido fundada por Alexandre Magno, segundo uns ou Antíoco IV Epífanes.
De qualquer forma, dentre aqueles que estudam os Evangelhos, há os que consideram Gergesa como a cidade que preferiu os suínos em detrimento de Jesus.
O fato é narrado após o asserenar da tempestade no lago. Jesus fez aproar a barca e se encaminhou em direção de Gerasa, pertencente à Decápole, isto é, ao complexo de dez cidades que estava sob o domínio romano.
Ele programara aquela visita, há algum tempo, acalentando a possibilidade de ali levar a Boa Nova.
Era o mês de Kislev (dezembro/janeiro), portador de tempestades. Amanhecia, e a noite se despedia, beijada pela madrugada, quando eles chegaram: Jesus e os doze.
Mal haviam galgado o barranco, Jesus à frente, quando uma figura medonha veio-lhes ao encontro.
Era um sítio ermo, onde se cavavam sepulturas e ele parecia ter surgido do meio delas.
Estava nu e agitava em ambos os pulsos e nos pés pedaços de correntes de ferro partidas, pendentes de aros de algemas.
Deveria ter sido preso e se libertado, graças às fúrias que o atormentavam.
Trazia a cabeleira desgrenhada, a barba maltratada e todo ele eram equimoses e hematomas, que denunciavam o horror em que vivia.
Era o fantasma de um homem que parecera ter sido despertado pela Luz que viera da Galiléia.
De um salto, erguera-se de um túmulo vazio, dominado pelos espíritos que o maltratavam.
Esse homem, bem jovem entregara-se aos prazeres de toda ordem, dilapidando o patrimônio familiar.
De tal sorte cometera loucuras e desvarios que seus pais sucumbiram à vergonha e horror. Por isso, detestavam-no os parentes.
Abandonara o lar, a família, a parentela e quando as sombras o subjugaram, passou a andar pela cidade, como um louco. Gritava, dizia injúrias, ria e gesticulava, tornando-se ameaça para as gentes, que passaram a temê-lo.
Julgado pela mente popular como filho ingrato, que fizera aconchego. Não sabe bem o que lhe aconteceu mas pelo estado deplorável do corpo nu, o gosto de sangue na boca, aquilata das agruras que passou.
Está livre! Calmo, pede ao Mestre que o deixe segui-lO.
Volta para tua casa. - Determina Aquele - e conta quão grandes coisas te fez Deus.
Antes que o infeliz atingisse a cidade, os guardadores de porcos o fizeram. Com cores fortes, narraram ter visto a calma do louco, falando a um homem poderoso, a quem culpavam pelo prejuízo financeiro.
O que expulsava os demônios, diziam aos proprietários dos porcos, arruinaria a todos.
E o povo, liderado pelos donos dos porcos, foi ao encontro do Mestre e os seus. Com pedras nas mãos, O expulsaram.
Não te queremos ouvir! Volta para de onde vieste!
Jesus desceu a ladeira, retornou à barca e com os doze se foi.
O homem liberto, feliz, contava a todos o que lhe sucedera. Readquirira a razão, o domínio de si.
Contudo, ninguém o desejava ouvir e lhe disseram que fosse ter com Aquele que lhes havia trazido grande prejuízo, desde que para ele valia tanto.
Vai-te. Esquece-te de nós.
Uma pedra o atingiu e o sangue tingiu o chão.
Maldita sejas, Gerasa, que expulsas os filhos e desprezas os Enviados de Deus!
Ele ainda vagou pelas terras da Decápole, narrando o que lhe fizera o Galileu. Depois, foi para o outro lado do mar e juntou-se à multidão para seguiu-lO, e ouvi-lO pelos vales, cidades, lagos e mares.
Reconhecido, passou a auxiliar aos sofredores, sofredor que também fora.
Amado, amou, trabalhando pela implantação do Reino de Deus.
Na sua curta estada naquelas plagas, o Poder do Amor transformou um endemoninhado em propagador do Seu Reino.

Bibliografia:

01. FRANCO, Divaldo Pereira. O obsidiado geraseno. In:___. As primícias do reino. Pelo espírito Amélia Rodrigues. Rio de Janeiro: Sabedoria, 1967.
02. ROHDEN, Huberto. Os possessos de Gerasa. In:___. Jesus Nazareno. 6. ed. São Paulo: União Cultural. v. I, pt. 2, cap. 60.
03. SALGADO, Plínio. Os gadarenos. In:___. Vida de Jesus. 21. ed. São Paulo: Voz do Oeste, 1978. pt. 2, cap. 52.
04. VAN DER OSTEN, A . Gádara. In:___. Dicionário enciclopédico da bíblia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1985.
05. ______. Gérasa. Op. cit.
06. ______. Gerasenos. Op. cit.
07. ______. Gérgesa. Op. cit.

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Luz Crística

"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Positivismo

Tal como são nossos pensamentos é nossa consciência: e tal como é nossa consciência, é nossa vida.

Se plantarmos uma semente de pensamento limpo e positivo e nos concentrarmos nele, damos a ele energia, tal como o sol dá energia para uma semente na terra. E tal como a semente na terra acorda, move-se e começa a crescer, os pensamentos nos quais nos concentramos acordam, movem-se e começam a crescer.

Então, vamos semear pensamentos positivos.

A cada manhã, antes de começarmos a jornada de nosso dia, sentemo-nos em silêncio e semeemos a semente da paz.

Paz é harmonia e equilíbrio. Paz é liberdade - liberdade do peso da negatividade e do desperdício. Deixemos que a paz encontre sua morada dentro de nós. A paz é a nossa força original, nossa eterna tranquilidade de ser.]

Permita que seu primeiro pensamento do dia seja de paz. Plante essa semente.

Regue-a com atenção e você atingirá a calma.

Por Antony Strano

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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