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sexta-feira, 18 de março de 2011

Pretos Velhos, Índios e Caboclos por um Kardecista.


Praticamente nasci e cresci na casa espírita, onde, desde cedo percebi atitudes discriminatórias com relação aos chamados espíritos de índios, caboclos e pretos velhos. Vistos como “irmãos inferiores” dentro da escala evolutiva, ainda hoje, esses espíritos continuam a usar a “entrada de serviço” ao chegarem aos centros. A velha visão “eurocêntrica” tão comum aos europeus da época de Allan Kardec, continua a ser aceita sem restrições no meio espírita. E isso, porque nós espíritas alardeamos aos quatro cantos do mundo que o espiritismo é uma doutrina científica e progressista.
Infelizmente, contrariando o próprio codificador, muitos espíritas têm os livros da codificação como infalíveis e inquestionáveis. Alguns conceitos contidos nas obras básicas – e isso não é motivo para termos vergonha , necessitam ser atualizados em caráter de urgência. Se não o fizermos, correremos o risco de cairmos no ridículo. As reações a essa re-leitura do pensamento de Allan Kardec  - por parte de setores conservacionistas e fundamentalistas do movimento -, causam prejuízos que já podem ser sentidos: o ortodoxismo importado de outras religiões que, em muitos aspectos, soa como dogmatismo.
Muitos articulistas espíritas quando abordam essas questões fazem verdadeiros malabarismos a fim de explicarem o inexplicável. A minha admiração por Allan Kardec reside justamente no fato de ele ter sido um homem como outro qualquer. Deixou uma inestimável contribuição ao pensamento humano, porém, sofreu as limitações impostas pela época em que viveu, pensou e escreveu. Isso, não é nenhum desdouro. De que adiantou Kardec ter dito que o espiritismo deveria sempre acompanhar a ciência? De que fé inabalável somente seria aquela capaz de encarar a razão face a face? Observemos os textos abaixo transcritos:
“Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados” (Allan Kardec – A Gênese).  Ou, ainda em Obras Póstumas, quando trata da “Teoria da beleza”: “O negro pode ser belo para o negro, como um gato é belo para um gato; mas não é belo no sentido absoluto, porque os seus traços grosseiros, seus lábios espessos acusam a materialidade dos instintos; podem bem exprimir paixões violentas, mas não saberiam se prestar às nuanças delicadas dos sentimentos e às modulações de um espírito fino”.
Espírita honesto algum, em sã consciência, pode negar que em A Gênese, e em Obras Póstumas, ao se expressar sobre os negros e chineses, Kardec deixa escapar conceitos nitidamente preconceituosos. Preconceituosos sim, mas não racistas, como querem fazer acreditar alguns detratores mal intencionados da doutrina espírita. Entretanto, para os europeus do século 19, a Europa era, sem dúvida, a “última coca-cola gelada do deserto”. Deveria ser, assim, o parâmetro para se avaliar todas as demais culturas do mundo.
Kardec não criou essa visão antropológica, apenas seguiu a idéia predominante na época: o etnocentrismo: “visão do mundo característica de quem considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente mais importante do que os demais” (Dicionário Houssais da Língua Portuguesa).
O que é inadmissível, contudo, é que ainda hoje tais conceitos permaneçam presentes em tais obras. Numa época em que o Projeto Genoma desfez a crença de que existe uma raça superior, demonstrando que negros, índios, brancos e asiáticos diferem apenas 1% em seus “gens” - ou seja, de que as raças inexistem.
Libertemos então, dessa visão estereotipada, ultrapassada e preconceituosa, nossos índios, caboclos e pretos velhos, permitindo-lhes trânsito livre e que possam nos favorecer com sua sabedoria e espiritualidade.

Moab José de Araújo e Sousa - Lar “Pouso da Esperança” - São Luiz, MA – julho de 2005.

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Luz Crística

"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Positivismo

Tal como são nossos pensamentos é nossa consciência: e tal como é nossa consciência, é nossa vida.

Se plantarmos uma semente de pensamento limpo e positivo e nos concentrarmos nele, damos a ele energia, tal como o sol dá energia para uma semente na terra. E tal como a semente na terra acorda, move-se e começa a crescer, os pensamentos nos quais nos concentramos acordam, movem-se e começam a crescer.

Então, vamos semear pensamentos positivos.

A cada manhã, antes de começarmos a jornada de nosso dia, sentemo-nos em silêncio e semeemos a semente da paz.

Paz é harmonia e equilíbrio. Paz é liberdade - liberdade do peso da negatividade e do desperdício. Deixemos que a paz encontre sua morada dentro de nós. A paz é a nossa força original, nossa eterna tranquilidade de ser.]

Permita que seu primeiro pensamento do dia seja de paz. Plante essa semente.

Regue-a com atenção e você atingirá a calma.

Por Antony Strano

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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