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sexta-feira, 25 de março de 2011

Em Busca de Fenômenos


          
            Sentadinho no seu toco, afastado do médium que lhe deveria servir de instrumento encarnado, o Preto-Velho deixava suas lágrimas rolar rosto abaixo. Observando agora calado, estava cansado e já esgotara seus argumentos junto aquele moço que usava o nome de seu protetor, para dar passagem à sua vaidade.
             Depois de uma mediunidade reprimida por longos anos, o rapaz que já havia passado por inúmeras Casas Espíritas, achou interessante o trabalho que se fazia nos terreiros de Umbanda e resolveu assumir sua mediunidade que a tanto lhe pediam que fizesse.
Entrou para o curso que a Casa oferecia, onde se pretendia educar os médiuns, discipliná-los para que se tornassem bons instrumentos. Mas na verdade o que lhe atraía mesmo eram os rituais, as incorporações, o toque dos atabaques...
Depois de trabalhar como cambone por algum tempo, seu Preto-velho, feliz pela aceitação do aparelho, se chegou e por alguns anos trabalharam em perfeita harmonia auxiliando os necessitados, exercendo a caridade tão útil e necessária para ambos.
Certo dia um amigo lhe convidou para ir com ele consultar uma tal de “Cigana Flor”, que segundo ele, lia as mãos e também as cartas e que desvendava o futuro de qualquer pessoa.
Quando recebeu o convite, quase recusou, lembrando das palavras de seu protetor preto velho que sempre aconselhava os consulentes, evitarem buscar milagres fora de si mesmos, mas a curiosidade foi mais forte e se deixou vencer por ela.
Pagando para isso, ouviu da “Cigana” o queria ouvir para inflar seu ego. O local já instigava ao mistério, pois além do ambiente muito colorido, exalando o cheiro forte de incenso, ela mantinha amuletos variados dependurados pela “tenda”, o que criava um certo temor.
Muito bonita, vestia-se exoticamente como cigana e mantinha um sorriso teatral no rosto. Além de muitas adivinhações de seu futuro, ela afirmou que o rapaz tinha um cigano como companheiro espiritual com o qual deveria passar a trabalhar, e que isso lhe traria um sucesso material certo.
 Como tudo o que se afiniza conosco, encontra ressonância em seu ser, aquilo começou a incomodar a sua mente, tirando-lhe o sono e começou a sonhar com dias propícios, com viagens, com bens materiais que com certeza, o emprego de simples funcionário público não lhe daria no futuro.
Durante o sono, o bondoso Preto-Velho tentou lhe arrancar deste estado hipnótico, porém seu esforço foi em vão, pois o rapaz retornou ainda à cabana da “Cigana Flor” e em cada vez sua energia se afinizava mais com as entidades que lá estavam e cujo malefício, ele ignorava.
Daí em diante, pela faixa vibratória em que adentrara, tornou- se impossível a aproximação do espírito cuja missão era de reencaminhar aquele ser encarnado, tantas vezes falido.
 Continuando a freqüentar o terreiro de Umbanda, o rapaz não se deu conta da diferença energética das vibrações que agora recebi a. Hipnotizado e conduzido pela entidades que buscou exercendo seu livre arbítrio, agora era escravo deles e mesmo pensando que era seu Preto-Velho a quem dava passagem, na verdade estava sendo médium das trevas.
O dirigente da Casa, orientado pelo seu guia, iniciou um chama- mento de atenção à corrente mediúnica, esclarecendo sobre o perigo de cada um deles em servir de “braço para as trevas” dentro do terreiro. Alertava sobre a fé racional, e a importância de se evitar os fenômenos em detrimento da simplicidade que deveria se revestir a caridade.
Além disso, o Guia Chefe, incorporado, por várias oportunidades chegou a pedir que os médiuns que estavam buscando outras bandas, que tivessem o bom senso de escolher o lado que queriam seguir, para se evitar que a dor viesse como chamamento à realidade. Indiferente, mesmo com a consciência pesada, ele prosseguiu qual animal em busca do corredor do matadouro.
Nesta noite porém, por ordem dos Superiores que mantinham a proteção daquele terreiro, seria dado uma chance àquele espírito orgulhoso que se fingia de Preto-Velho e que agora se dizia mentor do rapaz. Ele seria instigado a desvendar a máscara e assim se fez.
Quando os atendimentos encerravam e através das preces cantadas e pontos riscados foram feitos campos de força no plano astral, impedindo que aquele espírito pudesse sair livremente dali. Grudando-se ao médium, ele manifestou toda sua ira e o baixo nível em que se encontrava. Desafiou a luz e a direção da Casa, dizendo que ali entrava qualquer um e fazia o que queria e que ele iria se instalar com toda sua falange, para mostrar como se fazia magia de verdade.
Sob o comando de Ogum, os guardiões Exús atuaram após a tentativa inútil de diálogo com a entidade, afastando-o do ambiente.
O médium por sua vez, após a desincorporação de seu “amigo”, tentando se justificar, fingiu passar mal.
 Atuando em outro aparelho disponível, seu verdadeiro protetor agora manifestava-se para dizer a ele que, para sua tristeza, a escolha fora feita e que pelas cores exaladas, seu corpo energético demonstrava que ele não estava arrependido do consórcio que fizera. A partir de então, liberava-o para seguir seu caminho e solicitava ao dirigente do terreiro que desligasse o médium da corrente, pois uma fruta podre pode estragar o cesto todo.
 Indignado, o rapaz agora saía do ambiente dizendo palavrões e impropérios à toda corrente, demonstrando suas verdadeiras intenções, prometendo mostrar o poder que tinha. Seus afins espirituais o esperavam na rua e o intuíram a buscar naquele momento mesmo a “Cigana Flor”.
Desequilibrado e sob a influência do mal, passou num bar para beber e quando saía dali, já tonto, encontrou na porta aquela que se passava por “Cigana”, acompanhada de seu atual namorado. Sem pensar muito, barrou a moça, agarrando-se no seu braço e dizendo que ela fosse para casa para atendê-lo. Por sua vez, o namorado da moça, o qual também estava com companhias espirituais nada recomendáveis, envolvido pela energia brutal dos mesmos, enciumado, virou-se e deferiu vários golpes contra o rapaz que desacordado foi levado ao hospital e não resistindo, desencarnou.
Em tal estado vibratório, se viu fora do corpo sendo arrastado pelos “amigos” que fizera nos últimos tempos no lado espiritual e que sabendo de sua mediunidade, agora o levavam como escravo, para as zonas umbralinas mais densas.
 Mais uma vez a falência daquele espírito. A vaidade, o orgulho, o materialismo, a soberba. Sementes que trazemos adormecidas em nosso espírito e que se adubadas podem invadir a lavoura do bem, sufocando e matando qual erva daninha.
A nós cabe a escolha de priorizar o bem ou o mal, sabendo que tudo na vida tem um preço a ser pago.
Seu protetor Preto-Velho, atua ainda na Umbanda através de outro instrumento que lhe faz jus, mas não se cansa de descer às zonas mais densas em busca do arrependimento de seu pupilo, pois sabe que um dia ele virá.
E nova tentativa se fará, pois a essência de todo homem é o bem. O mal, é máscara transitória que usamos para nos esconder de nós mesmos, pois diante do Supremo somos todos transparentes. Sempre!

História contada por Vovó Benta.

Um comentário:

  1. Que perfeita a história!!! É uma pena que vejamos em muitas casas, irmãos assim, tão orgulhosos e de olhos fechados para as suas próprias tendências. Oxalá possa eu nunca fechar os meus olhos para as minhas más tendências e, ao contrário, enxergá-las e dissipá-las do meu caminhar.
    Adorei as Almas!!

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Luz Crística

"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Positivismo

Tal como são nossos pensamentos é nossa consciência: e tal como é nossa consciência, é nossa vida.

Se plantarmos uma semente de pensamento limpo e positivo e nos concentrarmos nele, damos a ele energia, tal como o sol dá energia para uma semente na terra. E tal como a semente na terra acorda, move-se e começa a crescer, os pensamentos nos quais nos concentramos acordam, movem-se e começam a crescer.

Então, vamos semear pensamentos positivos.

A cada manhã, antes de começarmos a jornada de nosso dia, sentemo-nos em silêncio e semeemos a semente da paz.

Paz é harmonia e equilíbrio. Paz é liberdade - liberdade do peso da negatividade e do desperdício. Deixemos que a paz encontre sua morada dentro de nós. A paz é a nossa força original, nossa eterna tranquilidade de ser.]

Permita que seu primeiro pensamento do dia seja de paz. Plante essa semente.

Regue-a com atenção e você atingirá a calma.

Por Antony Strano

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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