No livro “Maçonaria
– Escola de Mistérios” do autor Wagner Veneziani Costa, (Editora Madras –
2006),
encontramos
um ótimo texto sobre O Plágio Católico, que nos leva a reflexões sobre
sincretismo:
O Plágio Católico
Pecado original, venial ou capital, batismo, confissão, comunhão, céu,
purgatório e inferno (...) tudo isso foi adaptação feita pelos bispos romanos,
que beberam de crenças básicas das religiões antigas, chamadas de pagãs. Pagão
vem de paganu, o homem do campo que não possuía religião alguma. Esses
campônios serviam de intermediários entre o campo e a cidade e professavam
vários credos orientais, fazendo com que o Catolicismo bebesse seus dogmas e
ritos. A própria missa também é uma adaptação de cerimônias da Etiópia,
do Egito e, ainda hoje, das ilhas da Oceania.
O báculo, a mitra, a dalmática, o pluvial, o ofício dos dois choros, a
salmodia, o exorcismo, o incensório suspenso por cinco correntes, podendo
abrir-se ou fechar-se à vontade, as bênçãos dadas com as palmas da mão direita
sobre a cabeça dos fiéis, o rosário, o celibato eclesiástico, os retiros
espirituais, os cultos dos santos, o jejum, as procissões, as litanias, a água
benta, a consagração do pão e do vinho ofertados ao Criador, a extrema-unção,
as rezas para os doentes e para os mortos, a manutenção dos mosteiros que
honram sua religião, as missões de proselitismo feitas por missionários
descalços e desprovidos de dinheiro, tudo isso foi retirado do culto lamaico
do Tibete, uma modalidade do Budismo hindu. O ritual, o cerimonial, o
aparelhamento católico, nada mais são do que cópias de religiões orientais e do
Paganismo, até se sentirem bem fortes para persegui-los em dezenas de
sanguinolentas cruzadas, como hereges.
As medalhinhas de santos e santas são imitações do escaravelho da
medalha egípcia hieroglífica.
Lembremos que Moisés, Jesus e outros fundadores de religiões eram
TOTALMENTE CONTRA a idolatria; no entanto, a Igreja Católica faz disso seu
maior comércio, colocando a cruz como tabuleta de reclame.
Como coisa rendosa para seus cofres, o Vaticano não faz outra coisa
senão canonizar santos e santas, e isso aos centos, de uma vez, para economizar
cera!
A religião de Cristo também foi fundada como todas as demais, sob o
culto do Sol, recebendo as mesmas idéias, as mesmas práticas, os mesmos
Mistérios: LUZ E TREVAS (João 1: 5).
Todas as festas do Catolicismo têm semelhança com as do Paganismo.
E o que fizeram os santos bispos e papas (que são representantes legais
do Cristo)? Além de copiarem, começaram a deturpar as palavras latinas usadas
nas festas pagãs! Vejam alguns exemplos:
Os pagãos adoravam Baco, conhecido pelos latinos como Líber.
Celebravam duas festas, uma chamada urbana, na cidade, e a outra, rústica, nos
campos. Para honrar o rei da Macedônia – Demétrio – acrescentaram mais uma,
como veremos:
Demétrio tinha sua corte no Golfo de Tessalônica. Pois bem, desse rei
fizeram um mártir desse golfo, no ano 303, e o canonizaram como São Demétrio.
Eleutério, que
estabeleceu essas festas com denominação de Festim Dionísio, Festim Eleutério,
Festim Rusticum, passou a ser Santo Eleutério, e as festas passaram a
chamar-se São Diniz, Santo Eleutério e Santa Rústica!
O deus Baco tinha uma amante chamada Aura, e o vento plácido
personificava a douçura. Desses termos, fizeram Santa Aura e Santa Plácida!
Os pagãos felicitavam-se com os termos perpetuum, felicitatum;
os católicos fizeram disso Santa Perpétua e Santa Felicidade!
No Ano-Novo eles usavam a fórmula: Quid Faustum Felixque sit; os
católicos transformaram isso em São Fausto e São Félix!
Das palavras Rogare e Donare fabricaram São Rogaciano e São
Donaciano!
De Gobineau diz que “a ignorância e mesmo a política apostólica
contribuíram para agravar a devoção rústica. Via-se Júpiter com Thor transformado
em São Pedro; Apolo, em São Miguel; Wodan ou Marte, em São
Martinho; as mães célticas tornaram-se as três Santas Marias;
Ísis, a virgem que deve engendrar, assimilada à mãe de Cristo; e,
a coisa mais estranha, Buda colocado nos altares cristãos com o nome de São
Josafá!
Citando
Henri Estienne, apologista
do Catolicismo, lê-se:
“Há grande conformidade em várias coisas entre os deuses dos pagãos e
São Bento, entre as deusas e suas sonatas; não há conformidade da parte dos
verdadeiros santos e santas, a fim de que meu dito não seja caluniado; mas sim
por parte de seus adoradores. Se bem considerarmos a adoração dos deuses e das
deusas pelos pagãos, e a adoração dos santos e santas pelos da religião romana,
acharemos completa semelhança, afora o modo de sacrificar. E, assim, do mesmo
modo os pagãos se dirigiram a Apolo ou a Esculápio, fazendo desses
deuses da profissão de medicina e de cirurgia. Católicos não se dirigem também
a São Cosme e a São Damião?
E Santo Elói, o santo dos ferreiros, não ocupará a mesma função
do deus Vulcano?
E São Jorge, não dão a ele, os católicos, o título que se dava
outrora a Marte?
A São Nicolau, não fazem eles a mesma honra que os pagãos faziam
ao deus Netuno?
São Pedro como
porteiro não corresponderá ao deus Janus?
Por pouco eles fariam crer ao Anjo Gabriel que ele é o deus Mercúrio!
Pallas como deusa das
ciências não estará representada em Santa Catarina?
E, em vez de Diana, não têm eles Santo Humberto, o santo
dos caçadores?
Idêntico ofício é atribuído a Santo Estáquio.
E quando vestem João, o Batista com pele de leão, não será para
ofender à vista o deus Hércules?
Não se vê comumente Santa Catarina com uma roda, como se
quisessem representar a deusa da fortuna?
Delfos decidia as questões religiosas fabricando deuses, como Roma
fabricava santos”.
Ora, quem fala assim é um católico de quatro costados!
Qualquer turista pode constatar que na Capela Sistina do Vaticano, por
ordem do papa e pelo genial pincel de Michelângelo, vêem-se ali agrupadas as
sibilas do Paganismo com os profetas do Catolicismo. É que, naquela época, a
Igreja Católica ainda vivia dos ensinos dos invisíveis; invisíveis estes que
ainda se manifestam no Vaticano, como acontece com as aparições de Pio X,
testemunhadas pelos eclesiásticos ali residentes, de cujas inscrições têm-se
conhecido aqui fora, apesar da expressa proibição de Pio XI, de serem
divulgados esses fenômenos.
Se perguntarmos a qualquer pessoa católica qual foi o grande chefe
religioso que, segundo as escrituras, nasceu de uma virgem, escapou da
degolação dos inocentes, confundiu os sábios pela precocidade de sua ciência,
começou pregando aos 30 anos, foi tentado no deserto pelo Diabo, expulsou
demônios, deu vista aos cegos, realizou outros atos milagrosos e ensinou a
existência de um Deus supremo de luz, de verdade, de bondade, provavelmente
essa pessoa responderá imediatamente: Jesus Cristo, pois tal é o ensino
dos livros sacros.
Mas se a mesma pergunta for feita para um persa, ele também responderia
de imediato: ZOROASTRO, pois assim foi a vida desse reformador e o
ensino do Avesta que existiu milhares de anos antes de Cristo.
Os maniqueístas têm bispos, patriarcas, anciãos, batismo, eucaristia,
jejum, ofício com orações cantadas, comemoração anual da morte do seu fundador
– Mani –, tal como Cristo.
A Igreja Católica, pela pena de São João Damasceno, na lenda de Barlaão
e Josafá, que também foi copiada do Ramayana, no século XVII, e da qual La
Fontaine fez a fábula dos Patos do Mano Philippe, tomou a virtude búdica
como modelo de santidade e, como tal, aceita e aprovada por Gregório XIII,
Xisto V, Urbano VIII, Alexandre VII e Pio IX. Tirou igualmente do Apólogo
Búdico, por parábolas e contos, fartos exemplos de moral que foram introduzidos
nos seguintes livros da Igreja Romana: Gesta Romanorum, Vida Sanctorum, Vida
Patrum, Disciplina Clericales, etc.
No rito xintoísta, verifica-se uma completa semelhança com o culto
católico. Assim: benzer pedra fundamental, consagrar casa nova, exorcismo para
afastar o espírito da raposa, venda de amuletos, água benta para a cura de
doenças, assistência aos moribundos e preces ante o defunto, preces para
chover, preces para ganhar a vitória em combates, culto dos mortos, etc.
Segundo sérios estudos, o Budismo foi escrito cerca de 1.300 anos antes
de Cristo. É originado do Bramanismo, religião de Rama (Ba-Rama, Brahma) e foi
implantado na Índia, na Pérsia e no Egito, oriundo provavelmente da Atlântida,
por se encontrarem vestígios na América, no México, no Norte europeu e na
própria África.
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